Por diario@dpnet.com.br
Assembléia Nacional
seria restrita a discutir as reformas tributária, política e do Judiciário a
partir de 99.
BRASÍLIA – O presidente
Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem a instalação de uma Assembléia
Nacional Constituinte restrita, que funcionaria a partir de 99, para discutir
três temas: reformas tributária, política e do Judiciário. Fernando Henrique
fez a proposta durante a instalação do gabinete do ministro extraordinário da
Reforma Institucional, Freitas Neto, no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Freitas Neto lembrou que está em tramitação no Congresso emenda do deputado
Miro Teixeira (PDT-RJ) sobre o assunto.
A emenda já foi aprovada
pela Comissão Especial da Câmara e aguarda apenas votação no plenário. O novo
ministro, porém, apontou dois problemas na emenda: ela não inclui a reforma do
Judiciário, como quer o governo federal, e estipula um prazo curto para a
realização do plebiscito – manda coincidir com as eleições, 4 de outubro, para
saber se a população aprova uma Constituinte restrita.
SIMPATIZANTE
Segundo Freitas Neto, o
presidente “é simpático” à proposta do deputado Miro Teixeira. O ministro disse
que já começou a fazer um levantamento de todas as emendas existentes no
Congresso Nacional que propõem reformas nas três áreas de interesse do governo.
Ele destacou a sua preocupação com a demora que pode haver na votação da emenda
de Miro Teixeira, que precisaria ainda ser apreciada pelo plenário da Câmara e
do Senado, em duas votações cada.
Sobre a emenda de reforma
tributária encaminhada pelo governo, o ministro Freitas Neto informou que ela
precisará ser alterada porque o seu texto, encaminhado no final de 1995, já
está ultrapassado em muitos pontos. O ministro informou que já está conversando
com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, para
verificar o que precisa ser modificado no antigo documento e apresentar novas
sugestões.
IMPOSTO FEDERAL
Freitas Neto citou, como
exemplo, a necessidade de criação de um imposto federal, como o IVA, e outros
estaduais e municipais, como IVV, além de um imposto seletivo cobrado sobre
fumo, bebidas e telecomunicações. Como forma de compensação, se eliminaria o
IPI, o ICMS, o ISS, o PIS e a Cofins.
O deputado Miro
Teixeira, autor da única proposta de Constituinte restrita em tramitação no
Congresso, não acredita em empenho da base governista que dá apoio ao
presidente Fernando Henrique na votação do texto, “porque ele contraria muitos
interesses”. Ele lembrou que não há possibilidade de incluir a reforma do
Judiciário na sua proposta, porque o prazo para apresentação de emendas já
acabou.
Segundo Miro, há uma
grande diferença entre o discurso do presidente e a mobilização da base
governista para viabilizar a aprovação e futura instalação da Assemboléia Nacional
Constituinte. Ele acha que se a emenda não for aprovada até junho não há mais
tempo de ela ser colocada em prática porque, depois de votada, ainda há
necessidade de regulamentação do plebiscito por parte do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Em seu discurso, o
presidente reconhece que as eleições gerais podem dificultar as votações no
Congresso. Para ele, é natural que as eleições tenham consequências sobre as
votações, “mas não sobre o pensamento”, numa referência à defesa das idéias
apregoadas pelo governo. Ele acrescentou que as eleições deste ano não podem
interferir no equacionamento das questões mais importantes para o país, e nem
sobre a possibilidade de as grandes questões nacionais serem articuladas, à
margem do debate eleitoral.
Em relação ao atraso das
votações, o presidente lembrou as dificuldades enfrentadas por outros países, a
exemplo dos europeus.
No caso dos Estados
Unidos, comentou, a reforma tributária levou cinco anos só para ser debatida no
Poder Legislativo. Na Itália, a reforma previdenciária levou anos em discussão
e, na Alemanha, sequer ela foi concluída. Apesar de considerar as reformas
difíceis, o presidente afirmou que opaís está conseguindo mudar o quadro
político-institucional.
Em tempo: Roberto Freire
foi “simpático” à Constituinte exclusiva, quando proposta por Luiz Carlos
Santos, que tinha sido Ministro da Articulação Política do Fernando Henrique. O
cordão dos Tartufos cada vez aumenta mais …
(*) Folha é um jornal
que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é
aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que
ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste
FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um
filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares,
a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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