Do DW – Deutsche Welle
Primeira contagem desde
a Reunificação mostra que no país vivem menos pessoas do que se esperava: 80,2
milhões. Também o número de estrangeiros é menor que o estimado.
O primeiro recenseamento
da Alemanha reunificada constatou que a população da maior economia europeia é
menor do que se pensava. Pelos novos números oficiais, o país tem 80,2 milhões
de habitantes – cerca de 1,5 milhão a menos que o estimado pelo Departamento
Federal de Estatísticas (Destatis).
Os primeiros resultados
do censo realizado em 2011 foram apresentados nesta sexta-feira (31/05) em
Berlim, pelo Destatis. O número exato de habitantes, na data-base 9 de maio de
2011, é de 80.219.695. Os censos anteriores datavam de 1987, na então Alemanha
Ocidental, e de 1981, na Alemanha Oriental.
Por causa da defasagem,
matemáticos já esperavam que a contagem trouxesse surpresas. Para estimar a
população do país, o Destatis se apoiava em dados dos cadastros das cidades. Na
Alemanha, todos os moradores são obrigados a se cadastrar na prefeitura quando
se mudam para uma cidade.
Como muitas pessoas
deixam de se descadastrar quando vão embora – por exemplo estrangeiros ou
estudantes vindos de outros países – esses números são superestimados e, com o
passar do tempo, cada vez mais inexatos.
Os recenseadores não
questionaram todas as pessoas que vivem no país, mas cerca de 10 milhões de
pessoas escolhidas aleatoriamente. O censo se baseia ainda em informações
fornecidas pelos cadastros das prefeituras e pelos proprietários de imóveis do
país.
O levantamento obedece a
uma diretriz da União Europeia (UE), que prevê que todos os países-membros
realizem recenseamentos. A contagem deve ser repetida a cada dez anos.
Menos imigrantes do que se pensava
A maior diferença
constatada na pesquisa foi em relação aos estrangeiros que vivem na Alemanha. A
nova estatística mostra que 6,2 milhões de habitantes do país mais populoso da
UE têm outra nacionalidade, ou 1,1 milhão de pessoas a menos do que o calculado
anteriormente. A maioria dos estrangeiros vêm da Turquia, seguida da Polônia e
da Rússia.
Cerca de 15 milhões de
pessoas que vivem na Alemanha, ou 19% da população, têm raízes estrangeiras –
são consideradas as pessoas que entraram no país depois de 1955, bem como os
filhos delas.
As cidades com mais de 1
milhão de habitantes são quatro: Berlim, Hamburgo, Munique e Colônia. Há mais
mulheres do que homens no país: 41 milhões ante 39 milhões.
Cerca de um quinto da
população tem mais de 65 anos, o que equivale a 16,5 milhões de pessoas.
Em maio de 2011, havia
quase 34 mil pessoas vivendo em uniões civis homossexuais na Alemanha. Dessas,
40% eram de mulheres vivendo juntas. O número de crianças que vivem em famílias
registradas como uniões civis de homossexuais é de 5.700.
Cerca de 40 milhões de
cidadãos – mais ou menos a metade da população – são economicamente ativos.
Desse total, 53,2% são homens e 46,8%, mulheres, uma proporção vista como
equilibrada. A população entre 15 e 74 anos de idade que trabalha representa
65,4% do total.
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