Pular para o conteúdo principal

Uma lista de 40 livros para ler antes de morrer

Por Carlos Willian Leite
Depois da polêmica sobre os Livros Para Morrer Antes de Ler, convidei leitores, amigos do Fa­cebook, e seguidores do Twitter — escritores, jornalistas e professores — à responder a pergunta inversa. Se aqueles eram os piores livros (Para Morrer Antes de Ler), quais seriam os melhores (Para Ler Antes de Morrer)? Cada participante poderia indicar entre um e dez livros de autores, de todas as épocas, brasileiros ou estrangeiros, tendo como critério principal o gosto pessoal, não importando se um determinado livro era canonizado ou desconhecido, descartável ou duradouro. Discutível como todas as listas de melhores, esta também não pretende ser abrangente e provavelmente se tivesse sido, ou for feita em outra ocasião,  o resultado seria diferente. Ela apenas reflete a opinião, do momento, dos participantes convidados. E os livros citados por eles, bons ou ruins, trazem em comum o fato de tê-los inspirado. E como escreveu Harold Bloom: “Todo mundo tem ou deveria ter uma lista de obras que lhe serviriam de companhia numa ilha deserta.” Abaixo, em ordem de aleatória, os 40 livros escolhidos, sem repetir autores.
Guerra e Paz - Liev Tolstói
On the Road - Jack Kerouac
Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa 
As Viagens de Gulliver - Jonathan Swift 
Dom Quixote - Miguel de Cervantes 
Robinson Crusoé - Daniel Defoe 
Em Busca do Tempo Perdido - Marcel Proust 
Moby Dick - Herman Melville 
O Processo - Franz Kafka 
Livro do Desassossego - Fernando Pessoa 
Os Irmãos Karamázov - Fiódor Dostoiévski          
Coração das Trevas - Joseph Conrad 
A Divina Comédia - Dante Alighieri 
Hamlet - William Shakespeare
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis 
Pergunte ao Pó - John Fante 
Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez            
A Montanha Mágica - Thomas Mann 
O Complexo de Portnoy - Philip Roth 
O Som e a Fúria - William Faulkner 
Folhas de Relva - Walt Whitman 
Os Miseráveis - Victor Hugo
1984 - George Orwell            
Desonra - J. M. Coetzee 
O Homem Sem Qualidades - Robert Musil 
Orgulho e Preconceito - Jane Austen 
Ulisses - James Joyce 
A Terra Devastada - T.S. Eliot 
Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger
O Príncipe - Maquiavel 
Os Sertões - Euclides da Cunha      
O Velho e o Mar - Ernest Hemingway 
Ficções - Jorge Luís Borges 
Histórias de Cronópios e de Famas - Julio Cortázar 
Madame Bovary - Gustave Flaubert            
Odisseia - Homero 
Meridiano de Sangue - Cormac McCarthy
Fausto -  Goethe 
Lolita - Vladimir Nabókov            
O Tempo e o Vento - Erico Verissimo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade: Introdução geral do livro "Por uma outra globalização" de Milton Santos

Por Milton Santos Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a intencionalidade. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um mun­do físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo confuso e confusamente percebido. Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. É a maneira como, sobre essa base material, se produz a história humana que é a verdadeira responsável pela criação da torre de babel em que vive a nossa era globalizada. Quando tudo permite imaginar que se tornou possível a criação de um mundo veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo de fabulações, q...

Brasil perde um dos seus mais importantes cientistas sociais

Por Ricardo Cavalcanti-Schiel Faleceu por volta das 21:30 do dia 26 de março de 213, vítima de um acidente de trânsito no Km 92 da Rodovia Bandeirantes, o diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, Prof. Dr. John Manuel Monteiro, quando regressava da universidade para sua residência em São Paulo. Historiador e antropólogo, John Monteiro foi um pioneiro na construção do campo temático da história indígena no Brasil, não apenas produzindo uma obra analítica densa e relevante, como também criando e estimulando a abertura de espaços institucionais e de interlocução acadêmica sobre o tema. Não seria exagerado dizer que foi em larga medida por conta do seu esforço dedicado que esse campo de estudos foi um dos que mais cresceu no âmbitos das ciências humanas no país desde a publicação do seu já clássico “Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo” (1994) até o momento. Tendo tido toda sua formação acadêmica nos Estados Unidos (graduado pelo Col...

Quanto mais controle, melhor

Por Mauro Santayana Controlar os controladores foi sempre um desafio à inteligência institucional das sociedades políticas. Os Estados se constroem e, eventualmente, desenvolvem-se ou retrocedem, entre dois pólos da razão: o da anarquia absoluta e o da ordem absoluta, que só se obtém com a tirania. Entre essas duas tendências antípodas, equilibra-se, no centro, o estado republicano democrático. A visão aristotélica do homem é a de que ele é uma passagem entre o animal e o anjo. Esse caminho à perfeição se deve a duas categorias do espírito, a inteligência e a ética. Nem sempre a inteligência é servidora da ética, como nem sempre a lógica é servidora da razão. Como advertem antigos pensadores, conhecer é dominar. O Estado, qualquer que seja a ideologia que o mova, é necessariamente coercitivo. Cabe-lhe manter corpos policiais, a fim de garantir a coesão da sociedade e o exercício da justiça, de acordo com suas normas. Quando essas normas se originam na vontade geral, elas se legit...