Veja relatório da Anistia Internacional em Português
http://files.amnesty.org/air13/AmnestyInternational_AnnualReport2013_complete_br-pt.pdf
Do Jornal GGN, com informações da Agência Brasil
http://files.amnesty.org/air13/AmnestyInternational_AnnualReport2013_complete_br-pt.pdf
Do Jornal GGN, com informações da Agência Brasil
O relatório O Estado dos
Direitos Humanos no Mundo, lançado na quarta-feira (22) pela Anistia
Internacional, no Rio de Janeiro, diz que os jovens negros são de forma
desproporcional as principais vítimas de crimes violentos no Brasil. A maior incidência
de homicídios ocorre nas regiões Nordeste e Norte.
De acordo com a Agência
Brasil, o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque,
disse que o país vive uma situação de quase extermínio de uma parcela da
população.
“Em 2010, quase 9 mil jovens entre 9 e 19 anos
foram mortos, de acordo com o Mapa da Violência, foram vítimas de homicídio.
Estamos vivendo uma tragédia de proporções inacreditáveis, isso equivale a 48
aviões da TAM caindo todo ano cheio de jovens: crianças e adolescentes. Outro
recorte mostra que uma parcela enorme, cerca de 50%, é de homens negros que
estão morrendo. Claramente, há uma situação que combina diversos fatores,
violência institucional, número de armas que circulam, racismo, acabam
vitimando um certo perfil de pessoas”.
O estudo da Anistia
Internacional ainda disse que, segundo dados de 2012, foram registradas
denúncias de tortura e maus-tratos no sistema carcerário e os assassinatos
cometidos por policiais continuam sendo registrados como auto de resistência ou
resistência seguida de morte, sendo pouco investigados.
O diretor enfatizou que
uma recomendação do Conselho Nacional de Defesa da Pessoa Humana, de novembro
passado, pede o fim do auto de resistência, mas poucos estados a implementaram.
“Nós continuamos a ter,
ainda hoje, apesar de algumas mudanças e alguns avanços, um padrão de segurança
pública, um padrão de ação dos agentes que deveriam trazer segurança para a
população, marcado pela violência, por uma percepção de que se está em uma ação
de guerra, em que se suspende o marco legal e você pode fazer o que quiser.
Isso tem sido uma tônica no modo como a polícia atua não só no Rio e em São
Paulo, mas em muitas outras situações no Brasil”.
Ainda segundo a Agência
Brasil, o relatório ressalta que o governo lançou em setembro o Plano de
Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, chamado de Juventude Viva,
porém cortou pela metade os recursos do Programa Nacional de Segurança Pública
com Cidadania (Pronasci).
UPPs
O documento aponta que
políticas, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro,
contribuíram para a diminuição no número de homicídios. Porém, a ação de
milícias em muitas favelas continua, principalmente na zona oeste da cidade.
São Paulo
De acordo com o
relatório, o número de homicídios aumentou 9,7% entre janeiro e setembro de
2012, em São Paulo. Somente em novembro passado, 90 pessoas foram mortas por
policiais no estado. A explicação seria o aumento dos confrontos com
organizações criminosas. Em maio, três policiais da tropa de choque Rota foram
presos acusados de executar um suspeito.
A Anistia Internacional
também apontou em seu estudo o aumento da população carcerária. Segundo a
entidade, atualmente faltam 200 mil vagas no sistema carcerário brasileiro.
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