Por Marco Antonio L.
Artigo da 'Forbes'
destaca importância das universidades no Brasil
Para revista, líderes
globais com interesse no Brasil precisam conhecer o ensino superior do País
Um artigo publicado no
site da revista Forbes nesta sexta-feira afirma que as universidades
brasileiras desempenham um papel importante no momento positivo do País e serão
ainda mais importantes no futuro. "(O Brasil) vai fazer inúmeras
contribuições e muitas virão de, e quase todas estarão conectadas, a um setor
que atrai pouca atenção da grande mídia - a academia", diz o texto,
assinado pelo jornalista Ricardo Geromel e pelo empresário americano Luke
Barbara, baseado em São Paulo.
Segundo a revista, a
atenção no Brasil está focada no crescimento econômico e nas políticas de
relações exteriores, em empresas como Embraer e Petrobras e em eventos globais
como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. "Muitas pessoas fora dos
círculos acadêmicos não ouviram falar das universidades do Brasil e de seu
importante papel no sucesso do País através da educação, liderança e inovação
tecnológica."
O artigo destaca a
importância de qualquer líder que deseja entender o brasil de se familiarizar
com a educação superior do País. A revista comenta que aqui, ao contrário dos
Estados Unidos, são as universidades públicas que mostram melhor qualidade e
destaque internacional e que tem sistemas de seleção rigorosos e competitivos.
Um exemplo usado pela
publicação é a relação entre o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e a
fabricante de aviões Embraer, que começou nos anos 50. "A poderosa
combinação do ITA como uma universidade focada em tecnologia e a agência
governamental CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, que hoje se chama
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) deu origem com sucesso à
então estatal Embraer, a qual foi privatizada. Hoje, a Embraer é uma empresa
global de aviação de US$ 6 bilhões e o ITA é chamado por muitos de 'MIT do
Brasil'", diz a publicação, se referindo a uma das melhores universidades
do planeta. A revista afirma ainda que o sucesso acadêmico brasileiro vai além
da área aeroespacial.
A Forbes cita também que
as universidades brasileiras têm parcerias de longa data com as melhores
instituições de ensino do mundo e novas iniciativas são lançadas com frequência
cada vez maior no País. "A academia brasileira precisa do conhecimento, talento
e polinização de ideias de outras instituições e pesquisadores ao redor do
planeta. Mutualmente, ela contribui nessa troca repartindo a criatividade,
inovação e liderança de pensamento com o resto do globo."
A revista cita, por
exemplo, o Centro David Rockefeller de Estudos da América Latina, de Harvard,
que estabeleceu um escritório em São Paulo, e a Universidade do Sul da
Califórnia, que recentemente lançou um posto avançado para recrutar estudantes
brasileiros. Por outro lado, a USP e a Universidade do Estado de Ohio mantêm
uma parceria de 49 anos de pesquisa e intercâmbio de estudantes em ciências e
tecnologias de agricultura.
Indústria da educação
A publicação americana
afirma também que o ensino superior é um grande negócio em si mesmo. A busca
por um diploma levou ao crescimento de um setor multibilionário no País. O
artigo cita a compra da Anhanguera Educacional pela Kroton Educacional, que vai
pagar US$ 2,48 bilhões pela primeira para formar uma empresa de US$ 6 bilhões.
Mas o texto não é só
elogios às universidades brasileiras. Segundo a revista, o País precisa
melhorar seu "ecossistema educacional" para encontrar as habilidades,
conhecimento e inovação para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos
e subir mais alto no cenário mundial. Para isso, afirma a publicação, é
necessário um esforço estatal e privado, e muitos empresários apostam que a
classe média que emerge no Brasil vai abrir sua carteira para investir em
educação.
"Políticas
mundiais, liderança econômica, produção energética e segurança alimentar são
apenas algumas de muitas áreas nas quais o Brasil vai não apenas contribuir,
mas provavelmente liderar no século 21. Influenciadores globais e líderes
econômicos devem entender a importância da academia brasileira e se engajar
ativamente com instituições de ensino superior que estão criando ideias,
tecnologias e líderes que vão moldar o Brasil e, portanto, o mundo".
Comentários
Postar um comentário