Por Tatiane Correia
Jornal GGN - O consumo
nacional de energia elétrica durante o mês de abril chegou a 38.589
gigawatts-hora (GWh), 1,6% acima do registrado no mesmo mês de 2012, segundo
levantamento divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao
Ministério de Minas e Energia. O consumo total subiu 2,9% em 12 meses, com
destaque para a expansão de 5,6% registrada pelo mercado livre.
Na avaliação setorial, o
consumo industrial manteve o mesmo patamar de consumo visto em abril de 2012,
pouco acima dos 15 mil GWh. Segundo o levantamento, os dados refletiram o
comportamento do parque fabril do país, embora o setor tenha começado a
apresentar alguns "sinais de vitalidade". Pelo menos é o que sugere o
crescimento de 2,1% na série dessazonalizada, na comparação entre abril e
março. A série sem variação sazonal permite a comparação com o mês anterior, o
resultado de abril atingiu seu maior patamar desde fevereiro de 2012.
Contudo, ainda parece
cedo para que o processo de estabilização seja confirmado: no acumulado do
primeiro quadrimestre ou dos 12 meses fechados em abril (na comparação com
igual período do ano anterior) ainda se registra recuo no consumo industrial,
de 1,6% e 1,3%, respectivamente. "A propósito, a taxa acumulada em 12
meses praticamente estacionou, podendo indicar um momento de reversão",
diz a entidade.
Por outro lado, o
consumo nas residências aumentou 3,7% no mês. Do incremento de 365 GWh sobre o
total registrado em abril do ano passado, a região Nordeste participou com a
parcela mais expressiva: 295 GWh, cerca de 80% do total. Já nas regiões Sudeste (0,4%) e Centro-Oeste
(1,1%), o resultado foi afetado por um menor número de dias no ciclo de
faturamento de seus principais mercados. No Distrito Federal, a taxa de
crescimento foi de 0,7%, enquanto as temperaturas mais amenas influenciaram o
consumo residencial no Sul (-1,3%).
O segmento de comércio e
serviços cresceu 2,6% no mês, impactado pelo desempenho das regiões Sul e
Sudeste. No Sul, houve queda de consumo comercial no Rio Grande do Sul (-3,9%)
e em Santa Catarina (-0,8%) e pequeno crescimento no Paraná (0,4%). A expansão
do consumo na região nos últimos meses tem se dado em ritmo menor do que em
2012, aderente ao comportamento das vendas no comércio varejista.
Segundo a EPE, o
crescimento de 0,7% no consumo comercial no Sudeste assinalou desempenho
destoante do apresentado até agora no ano. Mesmo expurgando o efeito da
diferença no ciclo de faturamento nos mercados do Rio de Janeiro (3,7%) e de
São Paulo (-1,2%), a taxa regional aumentaria para 2,9%, ainda bem inferior à
acumulada. As regiões Norte (8,7%) e Nordeste (12%) mantiveram a dinâmica de
forte crescimento.
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