Pular para o conteúdo principal

Shell e Basf pagarão R$ 400 milhões em indenização após contaminação

Por iG São Paulo
Serão beneficiados 1.058 profissionais que foram contaminados em fábrica de Paulínia (SP)
A Raízen (Shell), de combustíveis, e a Basf, da área química, vão assinar na segunda-feira (8) o maior acordo da Justiça do Trabalho com o pagamento de cerca de R$ 400 milhões em indenizações por conta da contaminação química de trabalhadores em uma fábrica de pesticida em Paulínia (SP). Pelo menos 60 pessoas morreram.
As empresas foram processadas em 2007 pelo Ministério Público de Campinas (SP) por expor trabalhadores a contaminantes de alta toxicidade por um período de 30 anos
Segundo nota do Ministério Público do Trabalho, serão beneficiados 1.058 profissionais. A assinatura será feita em audiência de conciliação às 10h30 no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
A redação final do acordo prevê que as empresas pagarão R$ 200 milhões por dano moral coletivo, R$ 170,8 milhões por danos individuais materiais e morais, além de assistência médica e odontológica integral às vítimas.
O caso
As empresas foram processadas em 2007 pelo Ministério Público de Campinas (SP) por expor trabalhadores a contaminantes de alta toxicidade por um período de 30 anos. De 1974 a 2002, as companhias mantiveram uma fábrica de pesticidas em Paulínia (SP), mas a planta foi desativada por ordem judicial.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade: Introdução geral do livro "Por uma outra globalização" de Milton Santos

Por Milton Santos Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a intencionalidade. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um mun­do físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo confuso e confusamente percebido. Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. É a maneira como, sobre essa base material, se produz a história humana que é a verdadeira responsável pela criação da torre de babel em que vive a nossa era globalizada. Quando tudo permite imaginar que se tornou possível a criação de um mundo veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo de fabulações, q...

Preços de combustíveis: apenas uma pequena peça da destruição setorial

Por José Sérgio Gabrielli Será que o presidente Bolsonaro resolveu dar uma reviravolta na sua política privatista e voltada para o mercado, intervindo na direção da Petrobras, demitindo seu presidente, muito ligado ao Ministro Guedes e defensor de uma política de mercado para privatização acelerada e preços internacionais instantâneos na companhia? Ninguém sabe, mas que a demissão do Castello Branco não é uma coisa trivial, com certeza não é. A ação de Bolsonaro, na prática, questiona alguns princípios fundamentais da ideologia ultraneoliberal que vinha seguindo, como o respeito à governança das empresas com ações negociadas nas bolsas, a primazia do privado sobre o estatal e o abandono de intervenções governamentais em assuntos diretamente produtivos. Tirar o presidente da Petrobras, por discordar da política de preços, ameaça o programa de privatizações, pois afasta potenciais compradores de refinarias e tem um enorme efeito sobre o comportamento especulativo com as ações da Petrob...

Brasil perde um dos seus mais importantes cientistas sociais

Por Ricardo Cavalcanti-Schiel Faleceu por volta das 21:30 do dia 26 de março de 213, vítima de um acidente de trânsito no Km 92 da Rodovia Bandeirantes, o diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, Prof. Dr. John Manuel Monteiro, quando regressava da universidade para sua residência em São Paulo. Historiador e antropólogo, John Monteiro foi um pioneiro na construção do campo temático da história indígena no Brasil, não apenas produzindo uma obra analítica densa e relevante, como também criando e estimulando a abertura de espaços institucionais e de interlocução acadêmica sobre o tema. Não seria exagerado dizer que foi em larga medida por conta do seu esforço dedicado que esse campo de estudos foi um dos que mais cresceu no âmbitos das ciências humanas no país desde a publicação do seu já clássico “Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo” (1994) até o momento. Tendo tido toda sua formação acadêmica nos Estados Unidos (graduado pelo Col...