Pular para o conteúdo principal

Passaia diz que Vander negociou para Zeca com Uemura

O BLOG vai reproduzir todas as materiais que tiver acesso sobre os escândalos em Mato Grosso do Sul. A idéia é criar um acervo para que se possa, apartir do material reunido, com fatos e versões, propirciar uma análise mais profunda sobre o que vem ocorrendo no Estado.


O deputado federal Vander Loubet (PT), candidato à reeleição é acusado pelo jornalista Eleandro Passaia de ser o “interlocutor” de Zeca do PT, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, em negociação com a família Uemura (cujos integrantes foram presos pela PF por fraude em licitações em 2009).
Segundo Passaia, que gravou, como informante da Polícia Federal, conversas com autoridades no Estado e que resultaram em denuncias de corrupção, os Uemura estavam bancando a campanha do PT em troca de duas secretarias.
Na entrevista concedida ao jornalista Graciliano Rocha da Folha de S. Paulo, publicada neste domingo, Passaia diz que o deputado Ary Rigo já havia falado com ele outras vezes sobre o mensalão (pago a autoridades do estado). “No vídeo, ele dá detalhes da época do Puccinelli, mas também da época do Zeca. A gente não pode esquecer que o Rigo era líder na Assembléia do Zeca”.Na sexta-feira, em coletiva, o governador negou qualquer irregularidades e anunciou que interpelou judicialmente o parlamentar para ele explicar as acusações.
À Folha, Passaia diz que existem outros vídeos. “Tem mais vídeos e ele fala dos esquemas também com o Zeca. O que vazou foi um de meia hora, mas tenho conversa de uma hora e meia”.
O jornalista e ex-secretário da Prefeitura de Dourados, cujas gravações resultaram na prisão do prefeito, vice, vereadores e secretários da Prefeitura, reafirma ter gravações também com os deputados federais do PMDB, Marçal Filho e Geraldo Resende “pedindo retorno”. Como assim “retorno”? [Do] Retorno dos recursos que eles traziam para cá, 10% eles queriam em dinheiro. No mundo da corrupção, qualquer assessor sabe que retorno é o retorno do dinheiro viabilizado por um parlamentar, revela na entrevista.

A matéria e do Campograndenews
Domingo, 26 de Setembro de 2010 07:58 - Da redação.
Ps. no jogo eleitoral em Mato Grosso do Sul, o Campograndenews é favorável ao André Puccineli

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Por que a luta por liberdade acadêmica é a luta pela democracia

Por Judith Butler Muitos acadêmicos se encontram sujeitos à censura, à prisão e ao exílio. Perderam seus cargos e se preocupam se algum dia poderão dar continuidade às suas pesquisas e aulas. Foram privados de seus cargos por causa de suas posições políticas, ou às vezes, por pontos de vista que supõem que tenham ou que lhes é atribuído, mas que não eles não têm. Perderam também a carreira. Pode-se perder um cargo acadêmico por várias razões, mas aqueles que são forçados a deixar seu país e seu cargo de trabalho perdem também sua comunidade de pertencimento. Uma carreira profissional representa um histórico acumulado de uma vida de pesquisa, com um propósito e um compromisso. Uma pessoa pensa e estuda de determinada maneira, se dedica a uma linha de pesquisa e a uma comunidade de interlocutores e colaboradores. Um cargo em um departamento de uma universidade possibilita a busca por uma vocação; oferece o suporte essencial para escrever, ensinar e pesquisar; paga o salário que lib...

54 museus virtuais para você visitar

American Museum of Natural History ; My studios ; Museu Virtual Gentileza ;

Quanto mais controle, melhor

Por Mauro Santayana Controlar os controladores foi sempre um desafio à inteligência institucional das sociedades políticas. Os Estados se constroem e, eventualmente, desenvolvem-se ou retrocedem, entre dois pólos da razão: o da anarquia absoluta e o da ordem absoluta, que só se obtém com a tirania. Entre essas duas tendências antípodas, equilibra-se, no centro, o estado republicano democrático. A visão aristotélica do homem é a de que ele é uma passagem entre o animal e o anjo. Esse caminho à perfeição se deve a duas categorias do espírito, a inteligência e a ética. Nem sempre a inteligência é servidora da ética, como nem sempre a lógica é servidora da razão. Como advertem antigos pensadores, conhecer é dominar. O Estado, qualquer que seja a ideologia que o mova, é necessariamente coercitivo. Cabe-lhe manter corpos policiais, a fim de garantir a coesão da sociedade e o exercício da justiça, de acordo com suas normas. Quando essas normas se originam na vontade geral, elas se legit...