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MPE já investiga envolvimento de procurador em escândalo no Parque dos Poderes

Celso Bejarano e Hélder Rafael O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, Paulo Alberto de Oliveira, informou há pouco, por meio de nota emitida por sua assessoria, que o suposto envolvimento do ex-procurador chefe do órgão, Miguel Vieira, que teria recebido dinheiro para “proteger” o prefeito de Dourados, Ari Artuzi, preso por corrupção no dia 1º, é investigado desde o dia 17 deste mês.

De acordo com o primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Ary Rigo, do PSDB, Vieira teria recebido R$ 300 mil para “poupar” Artuzi durante uma investida da Polícia Federal, que apurou uma quadrilha que fraudava licitações públicas em Dourados. O diálogo de Rigo foi gravado pelo jornalista Eleandro Passaia e corre no youtube desde a manhã desta terça-feira. Passaia atuou na Uragano, operação da Polícia Federal posta em prática no início deste mês.

O jornalista, segundo a PF, ajudou a desmontar um esquema de fraude de licitações por meio de gravações de áudios e vídeos. A apuração resultou na prisão de 28 pessoas, entre elas a prefeito e o vice-prefeito de Dourados, nove dos 12 dos vereadores da cidade. De acordo com o procurador Paulo Oliveira, as gravações que podem incriminar Vieira foram entregues à PGR (Procuradoria Geral da República). “Os mesmos documentos foram encaminhados à Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, que instaurou procedimento para apuração disciplinar de eventual irregularidade praticada por membro do Ministério Público”, diz trecho da nota. No vídeo, Ari Rigo cita ainda que Artuzi, o prefeito preso por corrupção, foi “protegido” pelo desembargador Claudionor Abss Duarte. O magistrado disse que vai interpelar judicialmente o deputado.

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